quinta-feira, 15 de janeiro de 2009



No século XIX, um inglês chamado Charles Darwin ficou famoso por escrever sobre a evolução das espécies, através de um mecanismos chamado seleção natural. O conceito básico de seleção natural é que características favoráveis que são hereditárias tornam-se mais comuns em gerações sucessivas de uma população de organismos que se reproduzem, e que características desfavoráveis que são hereditárias tornam-se menos comuns. Essa história todo mundo já conhece. Bem, pelo menos, eu acho!


Mas, a ciência está longe de ser exata. Especialmente, por causa do seu fundador: o homem! Ele com sua inteligência tem conseguido dia após dia vencer os efeitos da seleção natural. Afinal de contas, a evolução da própria ciência possibilitou que as características desfavoráveis não afetassem tanto assim na existência do ser humano. O ciso, por exemplo. Aquele dente que nasce por último. Extremamente desnecessário. Se a ciência não descobrisse o meio para arrancá-lo, os animais da espécie humana que nascessem com ele, teriam menos chance de sobreviver. Isto porque o ciso inflamaria. (Isso eu sei porque um amigo meu que faz mestrado em Biologia na UFMG me contou. Valeu Diego!). Além disso, a espécie humana é uma das únicas (não sei se posso dizer a única), na qual o filho vive/mama com/em os pais o quanto for necessário. Portanto, o Darwin e os biólogos de plantão que me desculpem, seleção natural é coisa do passado. É balela para nós seres tão desenvolvidos e inteligentes!


O que nós fazemos é algo maior. Uma seleção diferente. Não venho falar de darwinismo social. Estava pensando na seleção que fazemos no dia-a-dia. Quase invisível. Chamarei de preconceitos! Somos preconceituosos e contra isso nada a ciência pode fazer. Selecionamos as pessoas a partir de suas raças (termo por si só preconceituoso), suas crenças, idades, sexualidades, beleza física, classe social e condição financeira. Exemplos? Muitos! Posso falar do nazismo, com sua obsessão por uma raça pura. Das guerras religiosas. Da queima de índios em praça pública. Pelo menos pra mim, é uma forma de seleção. Não natural. Não pode ser natural. É inacreditável, que em pleno século XXI, 3º milênio, exita tanta intolerância e preconceito.


Hoje, vendo Jornal Nacional assisti a uma reportagem sobre asilo político. Falava sobre a polêmica que tem causado a concessão de asilo para um italiano, que condenado a prisão perpétua na Itália, fugiu para o Brasil em busca desse tal asilo. Nosso país é conhecido, segundo a reportagem, como um dos melhores lugares para se asilar politicamente. Um ex- ditador do Paraguai (acho que é de lá mesmo, mas não importa) se exilou por aqui uns anos atrás. E podemos pensar em muitos outros. Praticamente, um paraíso para essas pessoas. Segundo o governo, é possível que esses cidadão não tenham tido o real direito de defesa. O interessante é que em 2007, o Brasil enviou de volta para Cuba, alguns atletas que fugiram da delegação a procura de liberdade de escolha. Agora uma pergunta, não é essa também uma forma de seleção?


3 comentários:

  1. Sem dúvida que é uma forma de seleção também.
    A prática da seleção "não-natural" é algo que o homem tem como intrinseco

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  2. Valeu pela visita e pelo comentário. Espero que tenha gostado!

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  3. Eu selecionei esse blog para acompanhar de hoje em diante.

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