segunda-feira, 11 de maio de 2009

Eita! Não tenho sido muito disciplinado. Dá pra ver né? Mais de um mês sem postar nada. Enfim, talvez seja culpa da boa e velha correria somado com a famosa falta de tempo.

Minha cabeça como sempre tem sido um turbilhão. Não para de pensar. E, na grande maioria das vezes, isso me atrapalha e muito. É difícil concentrar em uma aula teórica. Complicado manter a leitura por um bom tempo. E, nas aulas práticas do TU, ela constantemente domina o corpo. Foda! É uma agitação mental constante e, normalmente, uma falta de atitude, falta de fazer, de estar presente, da falar e etc, etc, etc. Fica tudo na minha cabeça. Guardado de uma maneira egoista podemos dizer.

Hoje, vou tentar escrever por onde minhas divagações tem passado nas últimas semanas, ou melhor, últimos meses.

Durante a semana santa, um amigo meu do Rio (meu xará Gabriel) contava sobre algumas experiências realizadas com moléculas (eu acho!). Dizia ele que os resultados mostraram que uma vez em contato, duas moléculas sempre estarão se relacionando com a outra. Em laboratório, os cientistas conseguiram afastá-las um ano-luz de distância e, imediatamente, quando uma era movimentada, a outra também se movia. Ele disse: IMEDIATAMENTE!
Fiquei pensando (obviamente) em nós. Seres constituídos de um número incontável de moléculas e que nos relacionamos constantemente com outros seres. Alguns que nunca mais vamos ver, ou que nem chegamos a saber o nome. Me deu medo!
Vivemos num mundo em que, cada vez mais, as relações se tornam mais complicadas. A sinceridade é carta fora do baralho. E o que vale é a competição, a vitória. O outro é simplesmente um objeto, uma ponte para o nosso eu ganhar.
Mas, nos esquecemos da teia que vai ligando todas essas pessoas entre si.
Será que é realmente necessário toda essa ganancia, esse orgulho? Será que não pode existir ternura, carinho?
Talvez, por isso exista todo esse medo dos sentimentos saudáveis. Temos medo que eles nos enfraqueçam e deixem o outro em condição de nos usar. Não queremos depender de ninguém e ninguém dependendo de nós. É a cultura do eu. Entretanto, nós, seres "tão" racionais, "tão" objetivos, estamos lutando contra a ciência, que a muito tempo já vem provando que os corpos dependem um do outro. Eles se atraem, se relacionam como as moléculas. E mesmo no ato de se afastarem, ainda estão se relacionando.
É! A ciência parece, cada vez mais, provar algo que um cidadão falou há uns 2009 anos atrás. Um cidadão que não criou nenhuma religião, a não ser a religião do amor, do "amar ao próximo como a si mesmo!". E isso parece tão simples. É cuidar dos moléculas do outro, assim como você quer que as suas sejam cuidadas. Não tem segredo!

quinta-feira, 19 de março de 2009

Voltei...

Depois de um mês exato sem postar aqui, volto com muita coisa na cabeça pra dizer. Acumulou! Fique sem acesso a net e não tinha como escrever. Mas, do último dia 18 até agora muita coisa aconteceu. O carnaval passou e a faculdade começou. Obviamente, como tudo no Brasil a faculdade começou depois do carnaval. E, com isso, a vida também passou a virar uma correria, uma coisa de louco! Falta tempo pra qualquer coisa, mas temos que achar tempo pra tudo: Faculdade, estágio, Teatro Universitário, trabalho, família, lazer, namoro. Não necessariamente nessa ordem. Mas, diferente dos outros anos, estou mais presente em tudo, até com a Comunicação. Cansado muito, mas com um olhar diferente sobre o que está acontecendo.
Numa das postagens atrás, falei da minha busca por disciplina. E tem sido difícil. É complicado nos reeducarmos e criarmos uma ordem no dia. Às vezes, me pego empurrando tudo que tenho que fazer com a barriga. Mas, já melhorei demais. Acho que só eu sei o tanto. Sinto que amadureci um pouco. E o meio pra isso tem sido vivenciar cada segundo (não sei se já falei isso). Enfim, viver o momento, estar no presente!
Mudei de casa. Saí da casa dos meus tios e vim morar numa república com uma galera de Itaúna. A relação com o dia-a-dia mudou completamente. Questões - como: o que vai ter pra comer? Quem tem que lavar a cozinha hoje? - surgem o tempo todo. Mas, tem sido bacana. Tranquilo e acho que tem ajudado muito nessa mudança de comportamento.
Na faculdade, aprendi que tenho que estar lá, vencer esse obstáculo. Não posso vacilar em qualquer dificuldadezinha (viu?! essa tática também é boa. Reduzir o problema a sua insignificância). Além disso, tenho descoberto o rádio. E tenho me apaixonado. Acho que pela sua característica imagética. Trabalha-se com a imaginação do público.
O TU está diferente. Mais puxado e mais empolgante. Dor no corpo? Ótimo! Sinal que trabalhei. Descubro, cada vez mais, a importância desse trabalho e de amá-lo. E como tenho sofrido também. Não fisicamente, mas íntimamente. Cada vez mais, descubro que sou extremamente orgulhoso. Todo exercício, a ação fica na cabeça, pois, orgulhoso que sou, não aceito errar, então não me exponho ao ridículo. E, assim, não funciona. E tem gente que acha que trabalhar com teatro é fácil ou, até mesmo, coisa de quem não quer nada com a vida. Pelo contrário, queremos tudo com a vida, principalmente, nos conhecer. Hoje, senti algo que tinha que escrever. Foi nosso primeiro contato direto com as máscaras. Quer dizer, alguns tiveram o contato. Quando era minha vez, acabou o tempo. Mas, senti algo diferente. Meu corpo esquentou. Ele queria fazer... Estava fora da cabeça... não tem como explicar racionalmente. Isso me deixou muito feliz!
Bem, isso é um pouco de tudo nesse mês... Sei que tinha muito mais pra escrever, mas vou colocando aos poucos (ou não). Um abraço e um beijo!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Torcedores?! Não... Marginais!


Mais um fim de semana de clássico! Expectativa de emoções, de alegria, de diversão. As duas maiores equipes de Minas Gerais se enfrentariam em campo. Nove jogos invicto contra o rival, o Cruzeiro tentava manter o tabu. Já, o Atlético buscava quebrar a escrita. Tudo pronto para mais um jogo que balançaria o estádio e o estado. Torcedores se aprontam, vestem a camisa do time do coração. Pais preparam os filhos. O dia é de muita expectativa. Estava tudo para ser mais um grande espetáculo.

Estava... não foi! Antes mesmo das 16 horas (horário do jogo), tudo isso já não valia mais nada. Um grupo de torcedores que se preparavam para ir ao estádio se transforam em alvo de dois torcedores, ops, quero dizer, marginais. Disparando tiros, acabam por matar um jovem, que, provavelmente, nem sabiam o nome. Motivo? Ele torcia pro time adversário. Isso me lembra confrontos religiosos, políticos, raciais. Ou seja, confrontos gerados por quem não sabe viver na diferença. E daí se dizem seguidores de Deus, seguidores da raça pura, seguidores da melhor forma de governo, torcedores. Mas, na verdade, são todos marginais. Marginais que se escondem em grandes grupos simplesmente para fazer aquilo que sozinhos não conseguem. Covardes. Não conseguem viver na diferença. Esses marginais não sabem o que é viver em sociedade, em grupo. Por isso mesmo, são marginais. Estão a margem da sociedade. E como não conseguem entrar, pois não sabem ser diferentes, tendem a executar atos como o que vimos no domingo.

Final do jogo, 2 a 1 para o Cruzeiro. Confusão em cima da arbitragem. Mas, que importa? Fora do campo, todo mundo perdeu. Ficou só a tristeza e a indignição.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Disciplina! Disciplina! Disciplina!

Mais um ano letivo começou. Antes de vir para BH, tive uma consulta com nutricionista. Preciso muito de ganhar massa e reforçar minha musculatura. Nunca me preocupei muito com isso! Mas, depois do último ano, os trabalhos no TU (Teatro Universitário, para quem não sabe) me mostraram que era necessário eu tomar conta do meu corpo. Então, vamos lá!
Saí do consultório com um planejamento alimentar. Fantástico! Perfeito! Há apenas um problema. Eu vou ter que me disciplinar, me organizar. Simples para alguns. Complicado para mim. Organização e disciplina nunca foram o meu forte. Sempre comecei alguma coisa e parei. Ano passado, tentei parar de beber. Durou 9 meses, mas não tive disciplina. Acho que o meu problema está na palavrinha tentar. Tenho que substituir pelo verbo conseguir. Vim para BH decidido de uma coisa: 2009 será o ano de conquistar a disciplina. Custe o que custar. Alimetação, leituras, escrever mais no blog, estudo, trabalho, atitudes, tudo será disciplinado, fiscalizado por mim mesmo, até que se torne um hábito. Não! Não pretendo ficar chato ou careta. Só acredito que organização e disciplina são dois pilares que deixam firmes qualquer desenvolvimento. Vai ser um ano puxado! Mas vou conseguir. Principalmente, porque depende apenas de mim.
E começo aqui. Hora de desligar o computador e ir dormir. Boa noite!

domingo, 25 de janeiro de 2009

Arrivederci...


Peço licença para poder escrever uma carta para uma pessoa muito especial. Conheci ela há pouco menos de um ano e já tenho grande apreço. Por motivos óbvios, queria encher essa carta de palavras em italiano, mas só sei uma. Pelo menos, ela serve bem para o texto e, por isso, vai logo no título. Para quem não sabe italiano, arrivederci, quer dizer, até logo (espero não estar falando bobagem). E é nessa expressão que nós, que aqui ficamos, nos apoiamos. No até logo. Na certeza de que em breve ela vai voltar e vai nos encher de alegria. Mas, enfim, Juh! Essa carta é pra você como eu havia prometido. Um pouco atrasada, mas espero que daí da Itália você possa ler.




Pequena no tamanho, grande na personalidade, no caráter, no coração. Você consegue preencher um grande espaço. Engraçado que te conheci, porque você queria saber um pouco mais sobre o curso de comunicação. Lembra? Quase um ano depois, eu continuo na comunicação. Mas, você. Ah, você agora é uma menina internacional, multinacional. Brasileira que vive na Itália. Casada. Puxa, quanta coisa nova. Quanta mudança. Mudar de país deve ser uma experiência muito difícil, mas fantástica, excepcional. Um crescimento pessoal enorme (gostou, né? CRESCIMENTO... rsrs). E é isso que eu tenho certeza que vai acontecer. Você vai crescer, ocupar mais espaço ainda. E quando voltar, ah... quando voltar vai deixar um tanto de amigos italianos com saudade. Porque você tem um dom muito especial. Conquistar a amizade das pessoas em pouquíssimo tempo. Daí, algum novo amigo italiano, vai escrever um texto com o título "Até logo". Talvez essa seja a única expressão que ele saiba em português. É Júlia! Esse é seu karma. Ocupar lugares. Preencher. Mesmo sendo tão pequena. Ficou um grande buraco aqui em Itaúna (não falo dos da rua). Mas, por outro lado, todos nós, seus amigos, estaremos, para sempre, preenchidos por dentro. Preenchidos pela sua energia, pela sua amizade. Assim, como os italianos, no momento da sua volta. E você não terá saída. Então, viva! Aproveite! Marque, preencha as pessoas. Curta cada momento. Cada segundo! E seja feliz sempre! É o que eu te desejo do fundo do meu coração.


Até logo, ops, arrivederci, Juh! Beijos...




Ah, e pode deixar... eu vou cuidar dela direitinho! Rs.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009



No século XIX, um inglês chamado Charles Darwin ficou famoso por escrever sobre a evolução das espécies, através de um mecanismos chamado seleção natural. O conceito básico de seleção natural é que características favoráveis que são hereditárias tornam-se mais comuns em gerações sucessivas de uma população de organismos que se reproduzem, e que características desfavoráveis que são hereditárias tornam-se menos comuns. Essa história todo mundo já conhece. Bem, pelo menos, eu acho!


Mas, a ciência está longe de ser exata. Especialmente, por causa do seu fundador: o homem! Ele com sua inteligência tem conseguido dia após dia vencer os efeitos da seleção natural. Afinal de contas, a evolução da própria ciência possibilitou que as características desfavoráveis não afetassem tanto assim na existência do ser humano. O ciso, por exemplo. Aquele dente que nasce por último. Extremamente desnecessário. Se a ciência não descobrisse o meio para arrancá-lo, os animais da espécie humana que nascessem com ele, teriam menos chance de sobreviver. Isto porque o ciso inflamaria. (Isso eu sei porque um amigo meu que faz mestrado em Biologia na UFMG me contou. Valeu Diego!). Além disso, a espécie humana é uma das únicas (não sei se posso dizer a única), na qual o filho vive/mama com/em os pais o quanto for necessário. Portanto, o Darwin e os biólogos de plantão que me desculpem, seleção natural é coisa do passado. É balela para nós seres tão desenvolvidos e inteligentes!


O que nós fazemos é algo maior. Uma seleção diferente. Não venho falar de darwinismo social. Estava pensando na seleção que fazemos no dia-a-dia. Quase invisível. Chamarei de preconceitos! Somos preconceituosos e contra isso nada a ciência pode fazer. Selecionamos as pessoas a partir de suas raças (termo por si só preconceituoso), suas crenças, idades, sexualidades, beleza física, classe social e condição financeira. Exemplos? Muitos! Posso falar do nazismo, com sua obsessão por uma raça pura. Das guerras religiosas. Da queima de índios em praça pública. Pelo menos pra mim, é uma forma de seleção. Não natural. Não pode ser natural. É inacreditável, que em pleno século XXI, 3º milênio, exita tanta intolerância e preconceito.


Hoje, vendo Jornal Nacional assisti a uma reportagem sobre asilo político. Falava sobre a polêmica que tem causado a concessão de asilo para um italiano, que condenado a prisão perpétua na Itália, fugiu para o Brasil em busca desse tal asilo. Nosso país é conhecido, segundo a reportagem, como um dos melhores lugares para se asilar politicamente. Um ex- ditador do Paraguai (acho que é de lá mesmo, mas não importa) se exilou por aqui uns anos atrás. E podemos pensar em muitos outros. Praticamente, um paraíso para essas pessoas. Segundo o governo, é possível que esses cidadão não tenham tido o real direito de defesa. O interessante é que em 2007, o Brasil enviou de volta para Cuba, alguns atletas que fugiram da delegação a procura de liberdade de escolha. Agora uma pergunta, não é essa também uma forma de seleção?


segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Bem... aqui começa!

Escrever para tentar me conhecer! Esse é o principal objetivo desse blog. Tomara que dê certo!
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E, agora? O que eu escrevo? Dúvida cruel. Afinal de contas, o que eu postar aqui todo mundo vai ver. Ou não! Mas, conviver com a opinião do outro sobre minhas idéias nunca foi tarefa fácil pra mim. E cada dia que passa fica mais difícil, pois cada dia que passa as idéias são mais sérias e, às vezes, tornam-se decisões que irão me acompanhar pro resto da vida. Bem, espero que consiga colocar aqui tudo que passa pela minha cabeça.